Escrevam!

Dizem que a escrita é 10% inspiração e 90% transpiração. Nunca na vida concordei tanto com uma frase. E isto pode parecer surpreendente para quem me conhece. Os meus amigos sabem que não sou propriamente um rapaz que sua pouco, e sabem também que esta (a nobre arte de suar) não é exatamente a minha atividade favorita. Costumo dizer que após um bom jogo de apurados, os meus 115 quilos são capazes de produzir água suficiente para acabar com a sede em África. Candidato a Prémio Nobel da Paz? Talvez sim, quem sabe. Mas vamos focar-nos naquilo que realmente interessa. Agora que já estão desconfortáveis com a minha nojenta e repugnante introdução sobre o meu suor, vou falar da razão que aqui nos trouxe. Escrita. Porque não escrever? Porque não escrevemos se é, literalmente, a coisa que nos é mais acessível no mundo? Papel, caneta, conhecimento básico de uma língua e… transpiração. Mais nada. Não me parece difícil! E aquilo que me entusiasma mais é a crença de que todos temos um pequeno Camões dentro de nós, à espera de ser lido! Não acredito em predestinados… pelo menos na escrita. Sinto que é apenas uma questão de experimentar e, quem gostar, gostou, quem não gostar (cito agora o capitão da Seleção Nacional) nas bonitas e inspiradoras palavras de Cristiano Ronaldo “que sa foda”. Afinal, este é o objetivo deste site, mostrar que a escrita é acessível a todos. Aliás, se eu, que quando não estou a fazer isto me dedico a levar joelhadas na cabeça por gosto (descrição extremamente e simplista e parva de um jogo de rugby), sou capaz de rabiscar aqui umas coisas porreiras… porque não experimentam vocês escrever aquilo que vos vai na alma? Vale tudo, não é preciso nem vírgulas nem pontos nem parágrafos. Façam como eu! Debitem qualquer coisa para um papel e mostrem-nos o resultado!

Está lançado o desafio!

António Guedes de Sousa.